Enfermeira britânica é condenada à prisão perpétua pelo assassinato de sete bebês

Lucy Letby, uma enfermeira britânica, foi condenada à prisão perpétua por assassinar sete bebês e tentar matar mais seis. Entre os anos de 2015 e 2016, ela superalimentou os recém-nascidos com leite, envenenou-os com insulina ou injetou ar neles enquanto atuava na unidade neonatal do Hospital Condessa de Chester, no norte da Inglaterra.

A juíza Justice Gross, ao condenar Letby no Manchester Crown Court, afirmou que suas ações eram completamente opostas aos instintos normais de nutrição e cuidado com os bebês. Ela prejudicou deliberadamente as crianças com a intenção de matá-las. A juíza listou outras ofensas cometidas por Letby, incluindo comentários inapropriados após as mortes, antes de proferir a sentença de prisão perpétua para cada uma das ofensas.

Letby se recusou a comparecer ao tribunal, enquanto as famílias das vítimas estiveram presentes. Um pai que teve seus dois filhos assassinados por Letby expressou seu ódio e raiva, afirmando que ela destruiu sua vida. A audiência foi descrita como angustiante por jornalistas presentes.

Segundo relatos, Letby optou por não acompanhar a audiência via videolink da prisão. O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, criticou sua ausência, chamando-a de covarde. As suspeitas contra Letby só surgiram meses depois dos crimes, quando médicos do mesmo hospital começaram a investigar mortes inexplicadas na unidade neonatal ao longo de 18 meses. Eles chamaram a polícia, que percebeu que Letby sempre estava de plantão durante as mortes dos bebês.

Segundo o promotor Nick Johnson, Letby chegou a procurar os pais das crianças mortas nas redes sociais. Durante um de seus depoimentos, ela chorou e alegou que havia condições inseguras no hospital, o que teria causado as mortes. Letby também afirmou que escreveu uma carta encontrada em sua casa porque estava confusa e sobrecarregada com as acusações.

A polícia está analisando milhares de casos para identificar outras possíveis vítimas.

Fonte/Reprodução: Gazeta Brasil